Anamuh, espetáculo de conclusão do CPBT - Curso Princípios
Básicos de Teatro, direção de João Andrade Joca. Quem assistiu teve a oportunidade de perceber
que o espetáculo é questionador, onde fala de amor, ética, política, moral,
entre outros assuntos que estão relacionados à vida humana.
Foto: Velma Zehd |
Foto: Reprodução/Facebook |
Os atores, o diretor, a equipe técnica e o espetáculo como um todo, tem
o propósito de levar a plateia a ter uma reflexão construtiva e a
problematização em relação aos assuntos abordados indiretamente e diretamente.
Cada espectador pode entender de acordo com a sua própria percepção, assim como
pode identificar-se com algumas cenas.
A inspiração para Anamuh veio através do crítico e
professor de teatro, Hans-Thies Lehmanno, alemão. Em 1999, lançou um livro que
apresentava o conceito de teatro pós-dramático. Ao ler o livro, é notório
perceber que o teatro do século XXI é dotado de infinitas possibilidades, onde
o criador pode se abrir para outras linguagens e se afastar de uma história
contada de forma linear. Onde o espectador interage com o espetáculo à medida
que interage com a história.
Em uma das cenas de Anamuh, chamada de xy pelo os próprios atores, aborda um tema que vem sendo muito discutido que é a homossexualidade. Os dois atores são apaixonados um pelo o outro, passam por momentos de atritos, onde ficam com receios em relação à sociedade. É notório perceber que eles, na cena, tiveram uma relação sexual. Esse ato foi encenado no contexto surrealista, ao invés de exibir de forma realista, eles mostraram os seus sentimentos e dúvidas de forma subjetiva, abstrata. As expressões dos atores são assemelháveis ao ódio e ao próprio desejo entre si.
Em uma das cenas de Anamuh, chamada de xy pelo os próprios atores, aborda um tema que vem sendo muito discutido que é a homossexualidade. Os dois atores são apaixonados um pelo o outro, passam por momentos de atritos, onde ficam com receios em relação à sociedade. É notório perceber que eles, na cena, tiveram uma relação sexual. Esse ato foi encenado no contexto surrealista, ao invés de exibir de forma realista, eles mostraram os seus sentimentos e dúvidas de forma subjetiva, abstrata. As expressões dos atores são assemelháveis ao ódio e ao próprio desejo entre si.
Foto: Velma Zehd |
Outra cena que tem forte conteúdo é a que o ator estar sem
vestimenta. Ele com o auxilio de uma fita métrica “mede” o próprio corpo
atribuindo determinados adjetivos e, também, protestos, onde são escritos em um
desenho de um touro. Como se este estivesse sendo exposto em um frigorífico,
por exemplo. O fato do personagem, na cena, não possuir vestimentas tem a
finalidade de expor o que ele é por dentro, dessa forma tem a liberdade para demonstrar
seus sentimentos, no qual as roupas representariam aquilo que é imposto pela a
sociedade.
Foto: Velma Zehd |
Existe outra cena bem interessante, onde três personagens
tiram as suas vestimentas de baixo, e a outra passa tinta sobre essa parte do
corpo. Com um papel ela vai limpando e entregando a cada personagem, e em
seguida também ao público. Dessa forma, é perceptível que o contexto daquele
papel representa o que todos os seres humanos têm, por natureza, a bunda.
O
CPBT
O Curso Princípios Básicos de Teatro é realizado no Theatro José de Alencar, há 21 anos, com parceria entre a Secretaria da Cultura e Secretaria da Educação do Ceará. Anualmente forma três turmas, uma por turno. As inscrições são feitas no próprio teatro. Os alunos de escola pública são isentos de qualquer taxa, já os de escola particular paga uma taxa específica.
O processo é seletivo, pois existe uma demanda abundante. O curso é divido em quatro módulos, e a cada término do mesmo, alguns alunos, infelizmente, vão sendo eliminados. A conclusão de todo o curso é realizada com a montagem de um espetáculo, onde cada integrante trás ideias até obter um bom resultado.
Tal processo foi feito em Anamuh. Cada ator trouxe os seus anseios e seus protestos. Dessa vez, todo o conteúdo foi gravado em vídeos. E em seguida, foi feito uma análise, com a finalidade de selecionar cenas que estivessem relacionadas diretamente. A partir do momento que perceberam a temática que estava sendo discutida, trabalharam em cima.
O Fecta
Fecta Foto: Reprodução/Facebook |
De 17 a
27 de julho - X Festival de Esquetes da Cia. Teatral Acontece (X Fecta).
O X
Festival de Esquetes da Cia. Teatral Acontece - X Fecta é um evento anual que
reúne grupos teatrais de todo Brasil e convidados internacionais com fins de
garantir visibilidade as suas produções e experimentações estéticas no campo do
teatro.
O evento acontecerá em julho com 11 dias de programação, com 03
espetáculos na Mostra Fecta Convida, 01 Encontro com Márcio Rodrigues (URCA),
um lançamento do livro de Fernando Lira (IFCE), 20 esquetes na Mostra Noturna,
lançamento da 2ª edição da Revista DocCena, duas oficinas e uma vontade de
realizar.
Ontem, 19, teve o primeiro fragmento do - Forbiante
Trazendo a sociofobia e um mundo em que o artista é atormentado pela sua própria arte, nos deparamos com uma forma de identificação e mudança de algo. Quando temos medo daquilo que se cria na nossa própria mente, medo da própria arte, medo do que pode-se pensar. A fobia de viver em uma realidade da qual lhe julga pelo que você faz e tudo isso se volta contra você, quando você tenta fugir de tudo isso é o momento em que é pego.
Trazendo a sociofobia e um mundo em que o artista é atormentado pela sua própria arte, nos deparamos com uma forma de identificação e mudança de algo. Quando temos medo daquilo que se cria na nossa própria mente, medo da própria arte, medo do que pode-se pensar. A fobia de viver em uma realidade da qual lhe julga pelo que você faz e tudo isso se volta contra você, quando você tenta fugir de tudo isso é o momento em que é pego.
Esquete Forbiante Foto: Cândida Iara |
No domingo, 21, terá o fragmento A Carta.
A música, o vento,
a nota, o tom.
O fluxo.
A tinta, a alma,
a vida, a lágrima.
O tempo.
Local: Teatro Antonieta Noronha
Horário: Às 18h
Entrada: Gratuita
a nota, o tom.
O fluxo.
A tinta, a alma,
a vida, a lágrima.
O tempo.
Local: Teatro Antonieta Noronha
Horário: Às 18h
Entrada: Gratuita
De ter sido um ótimo espetáculo. Ótimo texto, Lucas.
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