Brenda Alvino/Fotografia/Semacom2013
Exposição MultiversidARTE Foto: Brenda Alvino |
A Semana da Comunicação 2013
trouxe uma série de palestras e oficinas para o ambiente acadêmico. Enquanto
tudo acontecia, quatro alunos reservaram um espaço dedicado apenas para a arte.
Quem foi a sala 201 do
bloco A (Via Corpvs) entre os dias 29 e 31 de outubro apreciou a Exposição MultiversidARTE, onde
fotografias e diversos tipos de pinturas foram apresentados.
Apesar
de fazer parte da SEMACOM, a exibição não contou apenas com trabalhos de alunos
da Comunicação Social. Além das estudantes Mariana
Parente, do 6º semestre de Jornalismo, e Nara Braga, do 8º período de Publicidade e Propaganda, o espaço
também foi útil para Geovani Calisto
e Magdiel Menezes, ambos do 2º
semestre de Design Gráfico.
ARTE TAMBÉM COMUNICA
Exposição MultiversidARTE Foto: Brenda Alvino |
Magdiel
comenta que a aceitação do seu trabalho
é absolutamente compreensível, já que arte também é uma forma de comunicar.
“Sempre achei que comunicação e arte
tinham tudo a ver uma com a outra e agora eu posso afirmar isso. Eu me senti
representado pela Comunicação Social,” afirma.
A REALIDADE DOS MENOS
VISTOS
Entre
tantas pinturas expostas, foi impossível não notar as fotografias de Mariana
Parente. Com o apoio do Projeto Vila Mar,
a fotógrafa retratou o cotidiano de
crianças da Praia do Titanzinho, mostrando de uma forma sensível momentos em que elas praticam atividades como o surf e o balé.
Mariana comenta que “quis trazer a
diversidade do olhar,” e completa que o mais importante nas imagens é “retratar
a realidade dos que são menos vistos”.
Para
a fotógrafa e professora Fernanda Oliveira, que é Mestra em Comunicação e
Linguagem e especialista em Teorias da Comunicação e da Imagem (UFC), as fotos
de Mariana são interessantes do ponto de vista documental. “Ela trabalha muito a cultura do lugar, e
eu, pessoalmente, tenho um encanto por isso,” pontua. Fernanda afirma que a
escolha das fotos formou uma exposição multifacetada, e destaca que o que
impressiona é a qualidade profissional do trabalho feito pela estudante. “Ela tem esse olhar, essa sensibilidade. A
partir do momento que a gente percebe isso, percebemos que ela é uma fotógrafa,”
avalia.
Além do ensaio feito no
Titanzinho, a exposição de Mariana traz fotos registradas na Universidade do
Vale do Acaraú, em Sobral, além de fotografias feitas em viagens e andanças
pela cidade de Fortaleza.
Entrevista
Confira
a seguir uma entrevista com Mariana
Parente, onde ela fala sobre a idealização
da Exposição MultiversidARTE e explica com detalhes a concepção das fotos apresentadas.
Foto: Brenda Alvino |
Rubens Rodrigues: Como
você e os demais artistas conceberam a exposição MultiversidARTE?
Mariana Parente: O nome
MultiversidARTE surgiu de um livro chamado "O Uso das Universidades",
que tinha como título do primeiro capítulo a palavra MULTIVERSIDADE. Como se
pode observar, este nome é realmente a cara da nossa exposição, pois continha
minhas fotografias, as pinturas de Geovani, Magdiel e Nara. Queríamos
transmitir a diversidade da arte, do belo, despertar bons sentimentos através
de nossos trabalhos, interagir com as pessoas, compartilhar de nossos
conhecimentos. Tudo aconteceu de forma surpreendente. Há tempos queria expor
minhas fotografias, então agarrei a oportunidade que a SEMACOM me deu, e nessa
mesma intensidade Magdiel, Geovani e Nara também correram atrás. Não nos
conhecíamos, mas nos tornamos muito amigos. Esforçamo-nos muito desde o começo
e acredito que alcançamos nossos objetivos.
RR:
O Magdiel comentou que houve uma dificuldade de expor o trabalho dele na Semana
do Design. Houve alguma dificuldade para conseguir o espaço na Semana da
Comunicação?
MP: Só conseguimos uma sala
no começo da tarde de segunda-feira (28), em cima da hora, no dia em que
queríamos abrir a exposição, mas não tivemos condições de abrir. A instalação
das fotos e dos quadros consumiu nosso tempo e o jeito foi abrirmos na terça
(29).
RR:
Suas fotos surgiram de algum trabalho acadêmico ou é um trabalho independente?
MP: Três das quinze fotos
que eu levei foi de um ensaio que fiz na conclusão de um curso de fotografia
que fiz, que retratava a Universidade Vale do Acaraú, em Sobral; as doze restantes
são trabalhos independentes.
Foto: Brenda Alvino |
RR:
Quando e como surgiu a necessidade de expor ‘a realidade dos menos vistos’? Foi
algo que você sempre quis mostrar ou alguma experiência te tocou?
MP: Foram muitas
experiências que me tocaram, mas também pelo fato de eu ser cristã e gostar de
conhecer as pessoas, suas histórias. Já fui para as ruas de madrugada com um
grupo, oferecer alimento, um abraço, uma palavra de amor. Existem em mim muitas
inquietações, por exemplo, com o mundo do jeito que está, onde o ter é mais
importante que o ser, um mundo onde a superficialidade reina, um
mundo onde o amor se esfria a cada dia.
RR:
As crianças fotografadas viram o resultado final das fotos? Qual foi a reação
delas?
MP: Viram sim, mas somente
no dia em que foram fotografadas. Elas gostaram muito, principalmente as
menininhas que conheci na escola do projeto. Elas amaram fazer poses e também
pediram para aprender a fotografar, eu as ensinei. Elas faziam fila pra fazer
as fotos das amiguinhas, foi muito divertido. Todos reagiam muito bem,
sorrindo, brincando sempre.
RR:
A professora Fernanda destacou que suas fotos são interessantes do ponto de
vista documental. A intenção sempre foi esta? Este é um caminho da Fotografia
que você pretende seguir?
MP: Sim, tem uma
importância documental, pois retrata o cotidiano dessas crianças nas
escolinhas, os bons frutos que o projeto traz a elas. Conta uma história, uma
realidade, uma visão pessoal do mundo em que elas vivem.
Confira fotos da exposição:
Confira fotos da exposição:
Foto: Brenda Alvino |
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